PESQUISAS ZIKA

O desafio de fazer ciência e cuidar das pessoas

Em 2015 o Brasil passou a enfrentar um problema grave e desconhecido: a certeza de que o Zika Vírus, até então considerado não agressivo, era o responsável por graves sequelas ocorridas em bebês, como a microcefalia e outros agravos.

A Febre Zika é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti. Apresenta, em geral, evolução benigna e os sinais e sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em dias. O maior problema encontra-se, justamente, quando a doença afeta gestantes.

Foi então que por todo o país surgiram grupos de pesquisadores em busca de respostas para algo tão assolador. Em março de 2016 nasceu a Coorte Zika Vírus, no Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). A proposta desta coorte é acompanhar mulheres durante a gravidez e, após o nascimento de seus bebês assisti-los por um período de cinco anos.

Entre os especialistas, muitos são também pesquisadores e desenvolvem estudos sobre vários temas envolvendo a saúde da mulher e da criança.

Quinzenalmente, cerca de 40 crianças passam por atendimento de especialistas. Para que o período que permaneçam em assistência seja o menos estressante possível, voluntários se revezam na prática de atividades lúdicas para entreter os bebês, tudo feito com muito carinho e diversão, garantindo assim, excelência no atendimento.

Neste estudo mais de 782 mulheres já foram acolhidas e, hoje, seus filhos, muitos já com mais de dois anos de vida, recebem acompanhamento interdisciplinar totalmente gratuito envolvendo pediatras, neuropediatras, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, odontólogos, oftalmologistas, osteopatas e psicopedagogos.  Mas toda essa complexidade de atendimento exige uma estrutura de suporte logístico muito difícil de ser atingida sem o apoio da sociedade.

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